Titulo Original: O Corpo humano: testando os limites da visão
Amanheceu em alto mar
estou agora a navegar
sem me importar com
mais nada
quero apenas contemplar
esse lindo amanhecer
em raios dourados
no alto do meu mar
nenhum porto a avistar
nunca mais quero aportar
quero apenas navegar
no alto do meu mar
me deixar levar
pelas correntezas
que velozmente seguem
o seu rumo e me deixam
soprar os ventos nordeste
no alto do meu mar.
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Dizem que a terra é a mãe
O Mar será o pai?
Seriamos filhos da conjuçãção:
Terra e mar?
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Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram
Quantas noivas ficaram por casar,
Para que fosses nosso, ó mar!
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E há o marinheiro cansado
De tão parado navegar,
Que um dia, na praia, prostrado,
Se deixa engolir pelo mar...
Dia de luz, festa de sol
E o barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão, o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Desliza sem parar...
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade é de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
O barquinho é o coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai, a tardinha cai
O barquinho vai, a tardinha cai
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